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10 de dezembro de 2020

Programa NaSCer em Joinville inicia segunda turma com time de mentoras formado só por mulheres

Iniciativa pioneira surgiu no Ágora Tech Park e traz novos olhares e maior visibilidade às mulheres no fomento ao empreendedorismo no estado.

Um time de 10 mulheres, empreendedoras e executivas com atuação nacional e envolvidas com o ecossistema de inovação em Santa Catarina, forma a primeira equipe exclusivamente feminina de mentoras em um programa de incubação no estado. Esta iniciativa pioneira surgiu em Joinville, na segunda turma do programa NaSCer, uma pré-incubadora de projetos inovadores com presença em 15 cidades catarinenses realizado pela Fapesc com apoio do Sebrae/SC e metodologia do CoCreation Lab.

As atividades começaram no último dia 15 de outubro, e neste início de dezembro ocorreu a apresentação do programa ao time de mentoras e aos 10 projetos selecionados para a segunda turma, que tem gestão local feita pelo Ágora Tech Park, sob o projeto Ágora.Start, que tem por objetivo difundir a cultura da inovação e empreendedorismo em Santa Catarina.

“Esta iniciativa fomenta não só o empreendedorismo feminino mas o empoderamento, e gera um estímulo em cadeia. Isso é a chave para a construção de sociedades progressistas, no sentido que é preciso se organizar para progredir”, afirma Vanessa Guimarães, uma das mentoras do NaSCer em Joinville. Ela é fundadora do Elas Projetam, um hub de aprendizagem compartilhada e colaborativa para promover, desenvolver e preparar mulheres para o mercado de Gerenciamento de Projetos.

Para a mentora Vanessa Guimarães, “iniciativas como essa geram um estímulo em cadeia: do empreendedorismo feminino ao empoderamento”.

Além dela, fazem parte da equipe de mentoras Ana Lúcia Alves (Perini Business Park), Betina Zanetti Ramos (Nanovetores Group), Daniella Abreu,  (Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais de Santa Catarina), Lilian Amaral (ANPEI), Lygia Veny Casas (Deskfy), Maria Regina Runze (WeShine Consulting), Sayonara Moreira (Tupy), Silvana Pampu (Groupe Renault) e Tatiana Montero (Nidec Global Appliance). Este grupo foi apresentado publicamente pelo Ágora em 19 de novembro, Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, data criada pela ONU com o objetivo de apoiar e incentivar a entrada de mulheres no mundo dos negócios.

PRESENÇA FEMININA: GAP SOCIAL NO MERCADO

“As mulheres são pouco encorajadas desde crianças a se expressar ou ter coragem de alçar grandes voos. Prova disso é o percentual de mulheres que se formam na faculdade (50%), reduzindo para menos de um terço em cargos de liderança. Isso sem falar na desigualdade salarial, pois as mulheres recebem o equivalente a 79,5% do salário dos homens, segundo o IBGE”, reforça Maria Regina Runze, mentora do programa e fundadora da WeShine Consulting, consultoria de comunicação e criatividade para o mercado corporativo.

“É um gap social em que precisamos atuar fortemente, trazendo para o universo das startups. Quem perde sem o repertório, a sensibilidade e o potencial criativo das mulheres são as empresas e o mundo como um todo”.

Elas irão mentorar dez equipes nesta segunda turma: 3AXIS FLIGHT, Better Agenciamento Desportivo, SmartIy – Plataforma de Sensoriamento e Gerenciamento de Dados, Garimpa, Inboarding, IGOn, Health Aid – Minha Consulta, Plataforma Cria Junto, Bein Soluções de Impacto Social e Completude Yoga. Metade delas tem uma mulher entre as responsáveis.

A mentora Maria Regina Runze: “quem perde sem o repertório, a sensibilidade e o potencial criativo das mulheres são as empresas e o mundo como um todo”

Segundo Gabriel Cabral, analista de Inovação do Ágora Tech Park, a ideia é levar a mesma predominância de mulheres como palestrantes e facilitadoras dos workshops do programa de pré-aceleração em Joinville. “É preciso demonstrar a importância disso dando o primeiro passo. Há quem pense que é difícil encontrar um time grande de empreendedoras e executivas para compor essa rede, mas estamos mostrando o contrário, pois montamos uma equipe muito qualificada, com grande representatividade na economia e na tecnologia local e do país”.

Como conclui Vanessa, “no papel de mentoras somos referência para novos empreendedores, apresentamos nossas experiências a futuras startups. Eu mesma já tive que rodar 18 MVPs (protótipos) do meu negócio. Mentoria é uma posição estratégica, é ali que as mulheres devem estar, não limitadas a um painel de “liderança feminina”, o que restringe nossa atuação”.

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